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Entendendo o Ciclo Financeiro e seu Impacto na Rentabilidade Empresarial

  • Foto do escritor: Gian Franco Bidin
    Gian Franco Bidin
  • 23 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Dominar a arte de administrar as finanças empresariais representa o passo fundamental para todo empreendedor em início de jornada. Independentemente da excelência do seu produto ou serviço, é imperativo otimizar a alocação dos recursos para assegurar a sustentabilidade e a ampliação da lucratividade. Uma ferramenta de análise essencial à disposição é o ciclo financeiro intrínseco ao seu empreendimento.


Este indicador, apesar de sua simplicidade, retrata de forma abrangente o desempenho da empresa, notadamente no tocante à frequência de entradas e saídas financeiras. Desvendar sua fórmula de cálculo e decifrar suas implicações é o cerne desse processo.


Explore o presente artigo para aprofundar seus conhecimentos sobre o ciclo financeiro, bem como sua influência inegável no panorama da lucratividade corporativa.


Compreendendo o Ciclo Financeiro Empresarial


Dentro de cada empreendimento, existe um intervalo de tempo que separa a aquisição de matérias-primas ou insumos e a subsequente venda dos produtos resultantes desses insumos. Conhecido como ciclo financeiro, ou ciclo de caixa, trata-se do período médio de espera entre uma saída de recursos e o retorno financeiro correspondente.


O Método de Cálculo


O cálculo do ciclo financeiro empresarial é notavelmente direto. Requer apenas o entendimento dos seus componentes e a aplicação deles ao contexto do seu negócio:


1. Prazo Médio de Recebimento (PMR) - é o intervalo médio, em dias, que se espera até os pagamentos serem efetuados;

2. Prazo Médio de Estocagem (PME) - representa o número médio de dias decorrentes entre operações de estocagem;

3. Prazo Médio de Pagamento (PMP) - corresponde ao tempo médio, em dias, que a empresa leva para quitar suas obrigações com fornecedores.


A equação que governa esse cálculo é a seguinte:


Ciclo Financeiro = PMR + PME - PMP


Nessa fórmula, somam-se os períodos de recebimento e estocagem e subtrai-se o período de pagamento a fornecedores. O resultado oferece o intervalo médio, em dias, entre a saída de recursos e o retorno.


Exemplo Prático:


Imaginemos uma fábrica de calçados como cenário. A aquisição da matéria-prima ocorre no 1º dia do mês, porém o pagamento só é efetuado após 30 dias, resultando num PMP de 30 dias. O estoque de insumos suporta a produção de calçados durante 15 dias, gerando um PME de 15 dias. Após a produção, uma loja de calçados adquire o produto e liquida o pagamento após 20 dias, originando um PMR de 20 dias.


Desse modo, o ciclo financeiro é calculado como 20 + 15 – 30, resultando num ciclo médio de 5 dias.


Entendendo as Disparidades entre Ciclo Financeiro Positivo e Negativo


Nos termos abraçados pela gestão financeira, alcançar resultados positivos frequentemente figura como o objetivo primordial. Entretanto, no contexto do ciclo financeiro, o paradigma se inverte: menor é melhor.


Tal inversão se justifica pela seguinte razão: quando a equação resulta em um número negativo, isso denota que os recebimentos superam a necessidade de reposição de insumos e estoque. Embora seja um cenário menos comum, é de fato o mais desejável.


Adicionalmente, a análise dos resultados requer uma abordagem holística, indo além do mero valor representativo do ciclo de caixa. Uma elevada média de tempo de pagamento a fornecedores (PMP) sugere que a empresa desfruta de um intervalo maior para honrar suas obrigações, contribuindo para uma maior disponibilidade de fundos. Por outro lado, um estoque volumoso pode traduzir-se em desafios para sua rápida liquidação, impactando negativamente o fluxo de caixa.


Após se familiarizar com os meandros do ciclo financeiro, sua integração no planejamento não se revela complexa. Dotado desse indicador, emerge a capacidade de avaliar a eficácia e a lucratividade intrínseca ao ciclo de produção, vendas e pagamentos da sua empresa.

 
 
 

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