6 erros típicos na solicitação de Empréstimo Empresarial
- Gian Franco Bidin
- 2 de out. de 2023
- 4 min de leitura
Pedir um empréstimo empresarial pode ser uma estratégia para reorientar uma empresa, seja para lidar com emergências, investir, expandir a capacidade de atender às demandas do mercado ou outros objetivos. No entanto, quando esse processo ocorre sem um planejamento adequado ou é motivado pelo desespero, os gestores podem tomar decisões impulsivas que resultam em arrependimentos.
O empréstimo deve ser uma solução, não um problema. Portanto, é crucial evitar os erros mais comuns ao adquirir um empréstimo empresarial. É importante analisar cuidadosamente a instituição financeira, as taxas de juros, as opções de pagamento e os prazos, levando em consideração as necessidades e a receita da sua empresa.
Para ajudar nessa tarefa, apresentamos neste artigo 6 dicas para minimizar os erros ao solicitar um empréstimo para a sua empresa. Confira!
1. Não Avaliar as Condições Detalhadamente
Não se deixe levar apenas pela aparência de uma oferta de empréstimo. Mesmo que você confie na instituição financeira, reserve um tempo para uma análise minuciosa das taxas de juros e dos prazos de pagamento. Isso garantirá que você não seja surpreendido posteriormente.
É importante não aceitar propostas que pareçam ser muito vantajosas à primeira vista, pois podem esconder surpresas desagradáveis, como taxas de juros elevadas que afetarão negativamente seu fluxo de caixa a médio e longo prazo, potencialmente levando a novos pedidos de empréstimo e uma crescente dívida.
Outro aspecto crítico a ser analisado é a possibilidade de antecipar pagamentos, verificando quais descontos e benefícios são oferecidos nesse cenário. Essa flexibilidade permitirá que você reduza o impacto dos juros e taxas ao longo do tempo, especialmente se sua empresa estiver gerando lucros durante esse período.
Considere também os diversos tipos de linhas de crédito disponíveis, como antecipação de recebíveis, empréstimos com garantias, entre outros. Escolha aquele que melhor atenda às necessidades da sua empresa, sempre visando minimizar os impactos no seu fluxo de caixa.
2. Não Comparar Diferentes Instituições
Procurar a melhor oferta de crédito pode parecer uma tarefa árdua, envolvendo múltiplas visitas a bancos, preenchimento de diversos cadastros e análises de documentos extensas. Muitas vezes, os empreendedores optam por aceitar a primeira oferta que recebem para evitar o incômodo de buscar em outras instituições. No entanto, esse é um erro comum que frequentemente resulta em taxas de juros elevadas.
3. Não Avaliar a Capacidade de Pagamento
Os empréstimos oferecem às empresas a oportunidade de realizar investimentos em diversos setores. No entanto, é crucial que o gestor tenha clareza sobre o montante necessário e se ele é sustentável.
Muitos empreendedores iniciantes cometem o erro de aproveitar o valor pré-aprovado sem uma compreensão precisa de como e por que precisam desse montante, acreditando que obterão um retorno garantido.
Ao não alinhar o empréstimo com a receita atual e com projeções realistas, o efeito pode ser contraproducente. Em vez de impulsionar o crescimento dos negócios, o empréstimo pode se tornar um obstáculo para a lucratividade.
Assumir parcelas que excedem a capacidade de pagamento pode levar à inadimplência ou forçar o empreendedor a negociar a dívida, o que pode aumentar ainda mais o custo do crédito, mesmo que reduza o impacto das parcelas mensais.
4. Não Avaliar a Composição das Despesas
Um erro comum é não analisar todas as despesas associadas ao empréstimo, limitando-se a considerar apenas os juros. É fundamental examinar todas as taxas e impostos que incidem sobre o empréstimo, como o Custo Efetivo Total (CET). Esta informação deve ser fornecida ao solicitante pela instituição financeira.
Em muitos casos, as taxas de juros dos empréstimos podem parecer baixas à primeira vista, mas o CET, muitas vezes escondido nos detalhes do contrato, pode aumentar significativamente o custo total do crédito. Por outro lado, um empréstimo que aparenta ter taxas de juros mais elevadas pode, na verdade, apresentar um CET mais baixo.
5. Não Definir a Destinação dos Recursos
A definição do uso dos recursos obtidos por meio do empréstimo deve ser parte integrante do planejamento prévio. Isso permitirá determinar a quantia necessária, as modalidades de pagamento e a capacidade de pagamento mensal, sem afetar negativamente o fluxo de caixa.
Essa abordagem evita a obtenção de um empréstimo excessivo e o uso indevido dos fundos em despesas desnecessárias. Portanto, além de estabelecer como o dinheiro será gasto, é essencial manter a disciplina para garantir que ele seja utilizado de acordo com o planejado.
6. Não Planejar o Pagamento Adequadamente
Tão importante quanto adquirir um empréstimo para impulsionar seus negócios é o planejamento do pagamento. Afinal, você não deseja acumular juros e taxas que possam prejudicar o histórico de crédito de sua empresa, certo?
O planejamento de pagamento deve ser uma consideração fundamental desde o início, antes de iniciar a busca por empréstimos ou utilizar um marketplace de empréstimos para encontrar a melhor opção. Ao determinar como realizará o pagamento, você pode criar um checklist que inclua perguntas como:
- Qual porcentagem da receita pode ser alocada para o pagamento das parcelas?
- De onde virá o dinheiro para pagar as parcelas?
- Existe um plano de contingência em caso de imprevistos?
- Em quanto tempo espera obter o retorno do investimento?
Formule perguntas relevantes de acordo com a natureza de seu negócio e sua capacidade de pagamento. Esteja preparado para ser flexível e realista, pois pode ser necessário renegociar as parcelas caso seja necessário reduzir o valor mensal. Além disso, é importante basear seu planejamento na capacidade de faturamento atual de sua empresa, em vez de depender apenas de projeções futuras.
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